Em 2013, Philippe Austruy, proprietário de várias propriedades em França e uma em Itália, procura uma Quinta no Douro. Quando visita a Quinta da Côrte, é amor à primeira vista: os edifícios estão em muito mau estado e nota-se uma falta de manutenção crónica por todo o lado. Porém, a propriedade tem um grande potencial. Demora mais de um ano para concretizar a aquisição junto de todos os herdeiros, mas em finais de 2013, as obras podem começar.

Em primeiro lugar, a vinha e a adega são alvo de todas as atenções. As 22 parcelas, na altura, com uma densidade média de plantação de 4000 pés/hectares e uma idade média de 40 anos foram objeto de uma recuperação de fundo. Todas foram cuidadosamente classificadas, cada fila foi numerada e todos os pés de vinha foram identificados. O material vegetal em falta foi substituído. Os solos foram totalmente retrabalhados com vista a serem arejados e reequilibrados, em especial através de correções calcárias. Desde o início que metade da propriedade (12 hectares, correspondente às vinhas velhas) é trabalhada graças ao Bonito e ao Garoto, dois cavalos ágeis que compensam, minimamente, o facto de não ser possível utilizar nenhuma máquina.

ANO VITIVINÍCOLA DE 2016

Exigindo atenção constante à vinha e à evolução da uva, 2016 foi um ano atípico a nível de clima: O inverno foi seco e ameno, e só quase na primavera começou a chover, condição que se prolongou durante praticamente toda a estação, marcada pelas baixas temperaturas. Aumentou o risco de as vinhas contraírem doenças, como o míldio, mas o verão, em geral ameno, trouxe picos calor e noites frias. Quer isto dizer que a maturação final foi longa e equilibrada o que terá resultado em vinhos de ótima qualidade.

Notas de Prova da Enóloga

O Quinta da Côrte Grande Reserva Tinto 2016 é um bom exemplo do que a Touriga Franca consegue produzir em terras de xistos, esta mistura começa por exibir um bom nariz mineral depois desenvolve umas notas marcantes de frutos vermelhos e pretos, seguido de especiarias este desenvolve com uma boa delicadeza e consistência por detrás de elegantes taninos. Um vinho definido de forma nítida conduzindo a uma boa mineralidade e a um perfeito acabamento prolongado. Este vinho marcante – produzido através das castas Touriga Franca (60%) e Touriga Nacional (40%) - é ideal para acompanhar com pato assado, lebre ou costeleta de vitela grelhada.

Solo: Xistoso

Clima: Mediterrâneo: a chuva de baixa intensidade e quente, verões secos

Variedades: 60 % de Touriga Franca, 40 % de Touriga Nacional.

Crescimento: Métodos tradicionais, não é mecanizado em quase todo o domínio.

Vinificação: depois da classificação no terreno e nas mesas, as uvas são decantadas através da gravidade para pequenos recipientes.

Apos 3 semanas de maceração ocorre a fermentação Malolática em cubas antes de ser passar para barricas.

Estágio: 50 % em barricas de 225 Litros e 50% em barricas de 500 Litros. As barricas são 15 % madeira nova.

Disponíveis 5000 garrafas.