“O conhecimento profundo das parcelas que compõem este vinho, plantadas com castas autóctones na Quinta de Ervamoira e na Quinta dos Bons Ares, permite-nos elaborar um blend extraordinário e único”, é com esta frase que João Luís Baptista, o responsável pelos vinhos do Douro da Ramos Pinto, começa a apresentação deste novo tinto.
Em termos vitícolas, refere ainda, que o ano foi difícil, com temperaturas altas e seca severa, contudo este vinho revelou ter um grande equilíbrio entre frescura, concentração e fruta.
Os primeiros aromas do Duas Quintas tinto 2022 são de especiarias carnudas que nos seduzem e envolvem: ” Damos mais uma volta ao copo e começamos a sentir uma gordura balsâmica repleta de cerejas maduras. Os aromas seguem esta sequência no paladar, com um início aveludado e arredondado, e um final especiado e estruturado, de grande equilíbrio entre frescura, concentração, fruta e estrutura”, conclui o responsável.
O Duas Quintas Tinto é um vinho do Douro Superior, proveniente da Quinta de Ervamoira (150 metros de altitude) e da Quinta dos Bons Ares (600 metros de altitude) e é elaborado com castas tradicionais que exprimem o potencial desta região especial
Na Quinta de Ervamoira, o Verão foi ligeiramente mais ameno do que na Quinta dos Bons Ares, na qual as temperaturas atingiram valores elevados, do final da Primavera ao final do Verão.
Apesar das temperaturas altas e da seca severa, que favoreceram a sanidade das uvas, a maturação foi diferente do normal, com menor quantidade de açúcar, que se traduziu em níveis alcoólicos e de acidez mais reduzidos, mas de maior concentração e volume.
As uvas proveem de parcela única, com controlo de maturação. Á chegada á adega são separadas por casta e parcela, desengaçadas, suavemente esmagadas e dirigidas para diferentes vasilhas de fermentação: lagares de granito, balseiros de carvalho, cubas de betão e de inox.
“O conhecimento profundo das nossas parcelas permite-nos escolher qual a vasilha e tipo de fermentação mais adequado. O tempo de maceração entre o mosto e as peliculas é prolongado, para se conseguir o corpo e estrutura desejados”, explica João Luís Baptista.
Após a fermentação maloláctica, 20% do vinho estagia em barricas de carvalho francês. 30% em toneis e balseiros do mesmo tipo de madeira e os restantes 50% em cubas de inox durante cerca de 12 meses.