A Família Cardoso, que desde 2011 tem vindo a amadurecer o seu caminho na área da produção vínica com a apresentação de múltiplas referências da Herdade da Lisboa (Vidigueira) e da Quinta do Reguengo (Douro) e aliando-o ao já estabelecido legado em olivicultura, introduz um membro da família que, até então, se manteve longe dos holofotes: a Quinta Dom Rodrigo, uma propriedade localizada no coração da região do Tejo.
Vizinha do sopé das Serras D’Aire e Candeeiros, a Quinta Dom Rodrigo fica no concelho de Santarém, em Casével, onde abraça 90 hectares argilo-calcários de encosta, dos quais 30 são vinhas velhas de sequeiro, que impulsionam o perfil fresco e a acidez natural da uva. A sua origem remonta a 1560 e, atualmente, abriga as ruínas de um solar e conta curiosidades históricas do século XVI, como a do seu brasão, que honra o escudo em elmo, timbre e paquife, no qual foram cravadas as armas do consagrado navegador português Gil Eanes da Costa.
O novo Quinta Dom Rodrigo Tinto 2019 une a identidade das castas Alicante Bouschet (50%), Caladoc (30%) e Syrah (20%). A vinificação inicia com um leve esmagamento e choque térmico, seguido de 48 horas de maceração pré-fermentativa a frio. Logo após, segue para o estágio total do blend durante 9 meses em barricas novas de carvalho francês e termina o estágio já na garrafa, onde completou 12 meses em março de 2022.
Apresenta uma cor rubi intensa e concentrada e um aroma dominado pela fruta madura - ameixa e amora preta - que, combinado com as notas tostadas do estágio em barrica, resulta num volume e textura equilibrados na boca. É um bom aliado para acompanhar pratos de carne ou peixe no forno, assim como tábuas de queijo ou enchidos.
A enologia do Quinta Dom Rodrigo conta com os vários anos de experiência em viticultura de António Selas e com a visão contemporânea de Ricardo Xarepe Silva, uma colaboração já afirmada e reconhecida pelo lançamento das gamas Paço dos Infantes e Convés.