Os “novos” vinhos desta colheita com oito anos, Dona Georgina 2016, Dona Santana 2016, Jaen 2016, Alfrocheiro 2016, Tinta Roriz 2016 e Touriga Nacional 2016, completam a oferta desta casa vitivinícola e reforçam a aposta na exclusividade da produção à base das castas autóctones do Dão, nomeadamente Alfrocheiro, Jaen, Touriga Nacional e Tinta Roriz.
“É com orgulho que, oito anos depois, apresentamos seis vinhos que guardámos criteriosamente, e que são uma continuidade da qualidade de excelência que imprimimos em todos os vinhos Quinta de Lemos. O ano vitícola de 2016 foi globalmente quente, a registar elevadas amplitudes térmicas ao longo de todo o ano. Com um inverno chuvoso, assim como a primavera, que foi chuvosa e fria, a contrastar com o verão quente e seco, atingiu temperaturas máximas que chegaram a ultrapassar os 40°C. Esta conjuntura de grandes amplitudes térmicas (dias quentes e noites frescas), reservas de água no solo, tempo seco (incluindo a vindima) e uma superfície foliar sã, potenciaram vinhos de grande qualidade, mais complexos, equilibrados e com muita personalidade”, explica o enólogo Hugo Chaves, acrescentando: “A reduzida precipitação em setembro permitiu aguardar pelas maturações perfeitas das castas”.
Produzidos com a verdadeira classe do Dão, com estas novas referências, a Quinta de Lemos apresenta quatro monovarietais e dois blends. Com 100% casta Alfrocheiro, o Alfrocheiro 2016 apresenta um denso aroma floral, a margaça e jasmim. Tem nota de boca equilibrada, com taninos presentes e saborosos. Outro dos monocastas é o Jaen 2016, 100% casta Jaen, com aroma a vegetais resinosos, típico desta casta autóctone do Dão. Com boca volumosa e equilibrada, é fresco e persistente. O Tinta Roriz 2016, 100% casta Tinta Roriz, apresenta como notas de prova um licoroso de cereja e ameixa. Tem uma boca densa e volumosa, com taninos cheios e envolventes. O final é robusto, firme e equilibrado. O quarto monovarietal é o Touriga Nacional 2016, da casta Touriga Nacional, que se apresenta com um aroma fresco e floral de violeta. De boca cheia e vigorosa, termina fresco e persistente. (Hugo Chaves)
Nos blends, o Dona Georgina 2016 foi produzido com as castas Touriga Nacional (80%) e Tinta Roriz (20%). O seu aroma é maduro e balsâmico, com notas de frutos do bosque, ameixa, chocolate, tabaco e uma leve baunilha. Na boca revela-se volumoso, de taninos sedosos e elegantes. Já o Dona Santana 2016, composto pelas castas Touriga Nacional (60%), Tinta Roriz (20%), Jaen (10%) e Alfrocheiro (10%), apresenta notas de prova de fruta madura, leve floral, bosque e silvestre. No palato é guloso, com taninos médios, deixando um final gastronómico, num conjunto apelativo e atraente.(Hugo Chaves)
Localizada na mais antiga região produtora de vinho de Portugal, onde as condições climáticas, o terroir e as castas autótones permitem a criação de vinhos únicos, a Quinta de Lemos é marcada pelo granito e solos arenosos, protegidos pelas Serras da Estrela, Caramulo, Buçaco e Nave. Possui um sistema agrícola de proteção integrada, que reduz ao mínimo as intervenções de produtos fitossanitários, numa aposta grande no respeito pelo meio ambiente, com a particularidade das vinhas não serem irrigadas, sujeitas apenas à imprevisibilidade do clima, o que sublima o carácter anual de cada vinho.
Com métodos de produção que garantem a estes vinhos propriedades únicas, a Quinta de Lemos pauta-se por um sistema de produção que apenas aproveita 20% das uvas retiradas das vinhas, o que permite que cada garrafa guarde um vinho com padrões de fina qualidade.
Além dos monocastas, a marca produz igualmente blends que homenageiam as mulheres da família de Lemos, como o Dona Georgina e o Dona Santana, que se juntam às restantes Dona Louise, Dona Paulette, Geraldine e Manuela. Em 2022, a Quinta de Lemos produziu, pela primeira vez, um vinho de homenagem aos homens da família, o “3 Armandos”, que reúne o saber de três gerações, representadas nas figuras dos Armandos da família, avô, filho e neto.